segunda-feira, 16 de julho de 2012

Em sua companhia

Mesmo quando todas as estradas parecem levar ao mesmo fim; quando as portas se fecham e as janelas emperradas pelo desânimo teimam em não deixar a luz solar invadir seu quarto; quando a solução para seus problemas parece estar longe, digamos inalcançável; quando as palavras doem demais e retumbam em sua mente com força incontrolável; quando a solidão te assola mesmo estando rodeado por pessoas; quando você fala sozinho(a) com medo do silêncio deve lembrar-se de que suas palavras não são jogadas ao vento. Elas têm uma direção definida. Serão ouvidas e compreendidas por aquele que, mesmo imperceptivelmente, sempre esteve e estará ao seu lado. Ele é único capaz de solucionar seu mal, seja qual for. Maior e mais forte que qualquer, sabe exatamente o que fazer.
Não o subestime, nem mesmo ignore sua existência ao seguir somente a razão. Ela diz pouco sobre você.
Essa vontade de vencer, confiança e positividade que todos carregamos conosco é ele se fazendo presente dentro de nós. Deus, aquele que guarda a chave que abre o cofre dos seus segredos.

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Precisa mudar?

Derrota ou eliminação, no futebol, é sinônimo de fracasso e turbulência. Nos sugere a ideia de crise interna nos clubes, fazendo-nos questionar o comando técnico assim como a eficiência de alguns jogadores. Mas mudanças nem sempre são adequadas ao momento, digo até  desnecessárias. Basta analisar o motivo pelo qual foi-se derrotado, de maneira imparcial, e chegar-se-á à uma medida cabível.
Desclassificações em campeonatos, derrotas em jogos decisivos, perda de um clássico ou até mesmo uma falha particular podem custar um cargo. Apesar das falhas corresponderem à parte da história de uma equipe, causam forte abalo emocional na parte envolvida que, visando diminuir seu sofrimento, acaba por atribuí-las à um fator. Desse modo, pressionam o clube à mudanças.
Renovações nos setores da equipe são importantes, desde que pensados com frieza e cautela. Preferências pessoais e extra campo não devem ser consideradas à medida que analisa-se o desempenho da equipe em determinada competição. Permitir que a emoção passageira do jogo influencie em suas opiniões é errado. Constatar a eliminação como falta de comprometimento assim como atribuir ao plantel características como displicência e falta de vontade é uma maneira de extravasar a raiva, única e exclusivamente, e assim deve ser encarada. Afinal, qual equipe não quer ser campeã?
A derrota é típica do futebol. Ela é simplesmente o resultado de uma qualificação inferior ao time adversário, não significando portanto o declínio de um clube. Não podemos deixar que nossos pensamentos provocados pela exaltação e adrenalina do jogo tomem frente à realidade.

sábado, 31 de março de 2012

Dentro e fora de campo

Quando falamos em jogadores de futebol não podemos nos referir somente à um profissional dentro das quatro linhas. Um atleta não é feito, restritamente, de boas jogadas, dribles, passes, gols ou defesas. Apesar de ser idolatrado por uma torcida, pelo que representa futebolisticamente à uma equipe, ele tem sua vida social e particular, que é muitas vezes desconhecida. Ela pode acabar ou alavancar sua carreira.
Não importa sua origem, seu passado, as passadas dificuldades financeiras, o salário ou o time. O jogador deve ser profissional. E quando falamos em profissionalismo mencionamos, além da técnica, a garra e a vontade de vencer. Vencer no campo e na vida. Mas vencer é pouco, é preciso dar um show. Muitos profissionais da bola, no entanto, não entendem o real significado dessa expressão. Baladas, mulheres, escândalos sociais, manchetes de revistas, mansões e gastos exorbitantes consomem o talento de um profissional. A idolatria desconfigura-se.
A humildade é um valor incomparável em qualquer ser humano.  E como ler isto e não pensar em Lionel Messi? O melhor jogador do mundo ilustra um exemplo clássico de como, muitas vezes, manter-se afastado da imprensa e do noticiário é sinônimo de sucesso.
À partir do momento em que as atitudes extra-campo ganham mais destaque que as jogadas de um atleta chega-se à degradação do esporte. Um grande meio-campista resumiu tudo isso em uma simples frase:
"UM JOGADOR DEVE SER RECONHECIDO PELO QUE JOGA E NÃO PELO QUE FALA!"






domingo, 25 de março de 2012

Eclipse

Gosto da escuridão
O sol diz muito sobre mim.
A luz mostra minhas imperfeições,
transparece-me.

O gélido preto da noite
que corta o horizonte
deixa vago o pensamento.
A percepção do vazio
torna o mundo mais real,
ou menos.
É a minha inspiração.

Preciso dessa realidade.
Onde estará você agora?
Certamente distante, como a aurora.
A lua branca e mansa contrasta
com a escuridão da mente.

O sangue que jorra do alto da colina
sobre os pobres mortais,
demonstra seu poder.
Tatua seus escravos.
Não há escape.
Não existem decisões.
A dona é que decide sua hora.
Escurece-te.

E eu aqui, fugindo do sol,
da verdade
Poluindo um mundo ilusório
tão aconchegante e vazio.
O meu mundo.
Sozinho e escuro.

segunda-feira, 19 de março de 2012

Drama de reforma

Uma história infantil tem como praxe um início turbulento, sofrido e desanimador que ao longo da trama modifica-se dando origem à um final feliz. Mas será que a história do Internacional com a Andrade Gutierrez seria diferente?
As diferenças entre as histórias infantis e a contratual da copa já começam no início. Êxtase da torcida ao saber que o Beira-Rio sediaria a Copa do Mundo de 2014, mantendo a história gloriosa dentro do mesmo estádio ao passar apenas por uma reforma. E se o começo já foi tão animador o que esperar do restante? A torcida já nem se importava. 
Conforme o passar do tempo, foram constatadas desordens em relação à direção e construtora. O pensamento dos torcedores colorados foi tomado pela preocupação, que aumentava com os boatos de que, caso não houvesse um acordo instantâneo, estádio do maior rival (Arena) sediaria a copa em lugar do Beira-Rio. 
Depois de muita pressão por parte do clube gaúcho, na manhã desta segunda-feira, 19 de março de 2012, às 11:45 da manhã, houve a assinatura do contrato entre a construtora Andrade Gutierrez e o Internacional. 
O motivo pelo qual o clube e a construtora não entravam em acordo não será discutido por meio deste. Julgar a boa vontade de ambas as partes, por leigos, também não é próprio. Mas é importante ressaltar que o contrato, apesar de corresponder à uma grande evolução, não marca o fim do processo de reforma do estádio. Mesmo com atrasos, foi apenas mais uma etapa cumprida.
 Em meio à tantas turbulências ao desenrolar dessa história, o que podemos esperar como final? Resta-nos confiar na instituição Internacional.


quinta-feira, 15 de março de 2012

Goleiros: Posição Injustiçada

Ser jogador de futebol requer esforço, dedicação e principalmente talento. Mas de nada adianta senão acompanhados por um longo período de treinos físicos e psicológicos. Quando trata-se de treinamento físico não há maior exemplo que os goleiros. E muito espera-se deles.
É de costume, mesmo que não explicitamente, se responsabilizar alguém pelas derrotas ou vitórias no futebol, seja um jogador ou integrante da comissão técnica. Mas cá pra nós, em uma vitória e título de um time quem é tido como herói pela torcida? A resposta é simples. Senão um meia, um atacante e mais precisamente aquele que fez o último gol. Desmerecer a atuação deles é tolice.
Analisando agora uma derrota. Algumas vezes ouve-se críticas à Comissão técnica, mas quando o time já está em enfrentando uma crise ou quando a torcida não concorda com a contratação ou a não-liberação de um jogador. Em uma derrota simples a vítima da vez, geralmente, é o goleiro. Ou porque não defendeu um pênalti ou porque sofreu o popular "frango". Ele pode ir de herói à vilão em poucos minutos. 
Vamos simular uma situação de final de campeonato. O time retrancado, com seus titulares cansados e praticamente sem opções no banco, em vista àquele esquema. A equipe adversária tem um pênalti à favor. Mas o goleiro defende. E está inspirado, pegando aquelas bolas difíceis e fazendo defesas espetaculares. Mas no finalzinho do segundo tempo, a situação se inverte e ele sofre o gol. Aquele gol que já nem assustava mais a torcida. Quem seria o culpado?
Não se deve atribuir a culpa por uma derrota à ninguém. Mas não é assim que acontece.
Devemos nos conscientizar que os goleiros esforçam-se ao máximo, trabalham arduamente mais que qualquer outro jogador da equipe, de qualquer outra posição. É muito exigido no campo e só há ele para defender o gol. Sem ele não há jogo.
Para exaltar seu brilhante trabalho, o vídeo das cinco melhores defesas do Brasileirão 2011.